ContraCorrente

Projecto Livreiro Autónomo

← Voltar à lista de livros

A Suástica na História

Autor: Eduardo Pinzani

ISBN: 9798704817178

Preço: 12,00 €

Nº de Páginas: 194

Formato: 150x210

Data de Lançamento: 2021-02-26

Estado: Disponível

Capa do Livro

Sinopse

A suástica é um símbolo de paz, prosperidade e boa sorte para quase 2,3 bilhões de pessoas ― nada mais nada menos que um terço da humanidade. A maioria delas encontra-se na Ásia, onde é um emblema sagrado para o budismo, o hinduísmo e o jainismo ― não esquecendo o “europeu” odinismo.

A origem da cruz de dois ganchos entrelaçados remonta a 5000 anos atrás, nos vales do rio Indo (Índia). A palavra “suástica” provém do sânscrito svastica, que significa “boa sorte” ou “bem-estar”. Os seus usos religiosos e seculares multiplicaram-se ao longo da história. E chegamos assim a um natural confronto entre um símbolo cuja força, riqueza, história e alcance não podem ser reduzidos a uma determinada realidade histórica de um micro-espaço temporal, confinado a uma interpretação simplista ou deturpada de acordo com padrões vigentes, ao sabor das ideologias dominantes.

“Há outro factor, contudo, que, ontem como hoje, explica o fascínio que o nazismo exerce no inconsciente colectivo das pessoas, tanto em quem o ama como em quem o detesta e que, a nosso ver, reside no seu aspecto estético e simbólico. A iconografia e o ritual nacional-socialista tinham em si algo de poderoso que nem o comunismo com os seus perfis cinzentos nem a democracia com o seu amorfismo caótico puderam alguma vez igualar. A liturgia, os uniformes e, sobretudo, o signo fundamental, a suástica solar, fazem parte de poderosos arquétipos inconscientes adormecidos nas profundidades. Nem o Fascismo italiano conseguiu dominar tão a fundo a linguagem primordial oculta nas runas. Se em vez da Suástica os nazis tivessem escolhido outro símbolo, é mais que provável que ninguém os recordaria já. Quem fala hoje de Mussolini ou de Franco? Não arriscamos muito aventurando a hipótese de que não teriam chegado ao poder se nos seus desfiles e concentrações tivessem presidido outra liturgia e outros símbolos. O poder dinâmico que flui desse signo cala muito mais fundo que a própria cruz cristã. Não é por acaso que se trata do mais antigo signo da terra.” (Cap. VII – A Suástica e III Reich)

“Pode considerar-se que os homens são fantoches de Clio, a deusa da história. Todos vão daqui para ali com guerras e revoluções. São levados a amar e a odiar sombras e destroem-se agonalmente por qualquer fantasma. Chegados a certo ponto, muitos encontram no cinismo ou na indiferença um escape para tanto cúmulo de mentiras. Outros, desligados das origens, nadando no mar da ignorância e extraviados na selva de superstições herdadas, julgam ser um acto lúcido renegar as tradições e encarar “virilmente” a modernidade e o seu racionalismo de base céptica e comercial. Não obstante, há uma verdade longínqua, ou, pelo menos, atrás de cada mentira, digamos, há uma verdade desfigurada. Só que somos demasiado preguiçosos ou indiferentes para a descobrir.” (Cap. I – A História, Filha do Equívoco)

Edição limitada e numerada à mão.